Diálogos com a arte contemporânea
a exposição sob o viés museológico
DOI:
https://doi.org/10.24208/rebecin.v8i.248Palavras-chave:
Curadoria, Comunicação museológica, Expografia, Arte contemporâneaResumo
Partindo da análise da exposição “Àspera Melodia: Carlos Asp, 70 anos”, o presente artigo propôs apresentar e discutir os resultados obtidos mediante pesquisa de recepção realizada junto ao público externo da exposição. A investigação privilegiou uma análise voltada aspectos expográficos da mostra, norteada por referencial teórico especializado, considerando questões referentes à autonomia, fruição e recepção dos públicos, bem como seu nível de formação e frequência. Diante desta circunstância, objetivou-se refletir, questionar e rever formas possíveis de potencializar o diálogo da arte contemporânea com diferentes indivíduos, de forma que o museu cumpra de maneira efetiva seu papel social diante da multiplicidade de públicos. Os dados apontaram que os elementos secundários de informação possuem potencial de auxiliar na recepção da mensagem proposta, emergindo como relevantes meios pelos quais os visitantes não especializados se aproximam da proposta expositiva. À vista disso, os participantes alegaram que textos introdutórios e legendas, assim como a presença de conteúdos complementares, como informações sobre o artista e contexto de sua produção, auxiliam a experiência e diálogo com o tema. Notou-se que conforme se amplia a frequência em instituições artísticas e culturais, a proximidade com os códigos e significados da arte torna-se proporcional. Por fim, foi possível verificar que para o público tido como especialista e para aquele considerado leigo, as lacunas comunicacionais podem desfavorecer a compreensão diante da exposição.
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