Study of the perception of university students about academic plagiarism
Estudio de la percepción de los estudiantes universitarios sobre el plagio académico
Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Brasil
Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Brasil
Email: danielasantos1802@gmail.com
BATISTA, Daniela Santos; COSTA, Renata Ferreira. Estudo da percepção de estudantes universitários sobre plágio acadêmico. REBECIN, São Paulo, v. 9, número especial, p. 1-15, 2022. DOI: http://doixxxxxxxxxxxxxxxxxx institucional 9NÃO PREENCHER O CAMPO DOI)
Tendo em vista o conceito de plágio como a apropriação ou expropriação de direitos autorais, questiona-se a ideia de autoria em uma sociedade amplamente digital, marcada pelo produtivismo, cuja quantidade, qualidade e reconhecimento das pesquisas realizadas e publicadas no ambiente acadêmico envolvem muitas vezes infrações éticas. Desta forma, o presente artigo tem como objetivo principal apresentar os resultados alcançados em uma pesquisa realizada em 2019 sobre a percepção dos estudantes de graduação inseridos em programas de Iniciação Científica e de Pós-graduação da Universidade Federal de Sergipe (UFS) sobre o Plágio Acadêmico, sendo este um debate atual e necessário, que vem sendo amplamente discutido no cenário acadêmico mundial, mas que, mesmo com avanços consideráveis, ainda é lacunar no âmbito nacional. A pesquisa realizada, de cunho exploratório- descritivo, baseou-se em uma amostragem por conveniência e considerou como instrumento de pesquisa a aplicação de um questionário on-line, por meio da plataforma Google Formulários. A partir dos resultados obtidos, constatou-se que graduandos que fazem iniciação científica e pós-graduandos da UFS possuem poucas e superficiais noções sobre o plágio, sobretudo do ponto de vista teórico e conceitual, desconhecendo suas especificidades, formas de manifestação e a legislação ou documentos vigentes e norteadores sobre esse fenômeno. Ainda que essa seja uma temática recorrente na atualidade em diversos espaços, ainda há incertezas sobre uma prática tão nociva à propriedade intelectual e à integridade científica, que interfere na construção do conhecimento através da pesquisa especializada.
Considering the concept of plagiarism as the appropriation or expropriation of copyright, the idea of authorship is questioned in a largely digital society, marked by productivism, whose quantity, quality and recognition of research carried out and published in the academic environment often involve ethical violations. Thus, the main objective of this paper is to present the results achieved in a survey carried out in 2019
on the perception of undergraduate students enrolled in Scientific Initiation and Postgraduate programs at the Federal University of Sergipe (UFS) on Academic Plagiarism, which is a current and necessary debate, which has been widely discussed in the world academic scenario, but which, even with considerable advances, is still lacking at the national level. The research carried out, of an exploratory-descriptive nature, was based on a convenience sampling and considered as a research instrument the application of an online questionnaire, through the Google Forms platform. Based on the results obtained, it was found that undergraduates who do scientific initiation and postgraduates at UFS have few and superficial notions about plagiarism, especially from a theoretical and conceptual point of view, ignoring its specificities, forms of manifestation and the legislation or current and guiding documents on this phenomenon. Although this is a recurring theme nowadays in several spaces, there are still uncertainties about a practice so harmful to intellectual property and scientific integrity, which interferes in the construction of knowledge through specialized research.
Considerando el concepto de plagio como la apropiación o expropiación de los derechos de autor, la idea de autoría es cuestionada en una sociedad mayoritariamente digital, marcada por el productivismo, cuya cantidad, calidad y reconocimiento de las investigaciones realizadas y publicadas en el ámbito académico implican a menudo violaciones éticas. Así, el objetivo principal de este trabajo es presentar los resultados alcanzados en una encuesta realizada en 2019 sobre la percepción de los estudiantes de pregrado matriculados en los programas de Iniciación Científica y Postgrado de la Universidad Federal de Sergipe (UFS) sobre el Plagio Académico, que es un debate actual y necesario, que ha sido ampliamente discutido en el escenario académico mundial, pero que, incluso con avances considerables, todavía está ausente a nivel nacional. La investigación realizada, de carácter exploratorio-descriptivo, se basó en un muestreo de conveniencia y consideró como instrumento de investigación la aplicación de un cuestionario online, a través de la plataforma Google Forms. Con base en los resultados obtenidos, se encontró que los estudiantes de licenciatura que hacen iniciación
científica y de posgrado en la UFS tienen pocas y superficiales nociones sobre el plagio, especialmente desde el punto de vista teórico y conceptual, ignorando sus especificidades, formas de manifestación y la legislación o documentos vigentes y orientadores sobre este fenómeno. A pesar de ser un tema recurrente hoy en día en varios espacios, todavía existen incertidumbres sobre una práctica tan perjudicial para la propiedad intelectual y la integridad científica, que interfiere en la construcción del conocimiento a través de la investigación especializada.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) recomendou às instituições de ensino públicas e privadas, em 2011, com base em orientações do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a adoção “de políticas de conscientização e informação sobre a propriedade intelectual, adotando procedimentos específicos que visem coibir a prática do plágio [...]” (CAPES, 2011). No mesmo ano, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) estabeleceu diretrizes relacionadas à integridade nas práticas de pesquisa, destacando orientações específicas em relação a más condutas e plágio na elaboração dos relatórios de pesquisa (CNPq, 2011). Como forma de seguir essas orientações, diversas Instituições de Ensino Superior (IES) elaboraram documentos normativos como forma de conscientizar a comunidade acadêmica sobre o plágio e outras más práticas científicas, a exemplo da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que, em 2016, publicou a Resolução nº 09/2016/CONEPE, instituindo políticas de conscientização, formas de identificação e medidas
administrativas para a responsabilização pela prática do plágio no âmbito institucional.
O plágio acadêmico, um tipo de violação ao direito autoral, ocorre quando qualquer produção acadêmica (artigo, monografia, dissertação, tese, etc.) é apresentada com apropriação indevida de ideias, textos, imagens ou qualquer outra forma de expressão sem o devido crédito à autoria original.
Vislumbram-se diversas motivações para esse tipo prática desonesta, antiética e dolosa, que ofende a integridade científica, mas bastante frequente na universidade. Sendo acidental ou intencional, pode estar associada ao hábito de reprodução textual, às dificuldades de leitura e escrita de textos acadêmicos, ao desconhecimento do uso adequado das fontes de informação, assim como à facilidade de acesso à informação eletrônica e ao desejo de reconhecimento, numa perspectiva de aderência ao produtivismo científico.
A partir desse cenário e com o interesse em expandir a compreensão acerca do fenômeno plágio no ambiente acadêmico, foi realizada, em 2019, uma investigação científica com o desígnio de responder à seguinte questão: Qual a percepção dos estudantes de graduação inseridos em programas de Iniciação Científica e de Pós- Graduação da Universidade Federal de Sergipe sobre o Plágio Acadêmico?
Assim, o presente artigo tem como objetivo principal apresentar os resultados alcançados na pesquisa, para que seja possível discutir e refletir sobre um tema atual, necessário e urgente no cenário científico- acadêmico. Espera-se que, a partir desses resultados, seja possível
ampliar o nível de compreensão local sobre a problemática relacionada ao fenômeno do plágio e subsidiar ações para preveni-lo e combatê-lo.
Recorrente desde a Antiguidade, a apropriação ou apresentação indevida de obras alheias caracteriza uma fraude e um problema ético. “Desde o mundo romano, os plagiários eram mal vistos pela opinião pública. A violação, contudo, não era considerada lesão a um direito. Ou seja, não havia ainda sanção institucionalizada.” (MORAES, 2014, p. 52). Isso porque a discussão em torno do conceito de plágio relacionado a um roubo de ideias ou palavras torna-se mais consistente no século XVIII, no bojo dos ideais iluministas, da configuração dos direitos individuais e do nascimento da figura do autor. Entretanto, somente no século XIX o plágio se torna uma violação a um direito autoral.
Especificamente no ambiente acadêmico, no qual se dá a produção, circulação e transmissão do conhecimento, importa a quantidade e qualidade das pesquisas realizadas e publicadas, numa cultura marcada pela pressão por produtivismo, conhecida pela expressão “publique ou pereça/ “publish or perish”, afinal, para se conseguir titulação e reconhecimento dentro da universidade, é necessário produzir, transmitir e divulgar novos conhecimentos ao longo da carreira, processo que se sustenta no tripé ensino, pesquisa e extensão. Assim, conforme Krokoscz (2015, p. 326), “o trabalho científico deixa de ser um fim e passa a ser um meio de reconhecimento e credibilidade”.
Esse cenário abre espaço para diversas formas de infrações éticas em pesquisa, sendo as mais comuns a falsificação e fabricação de
resultados científicos e o plágio, este último uma prática que atinge diretamente a ética e a integridade científica.
É importante salientar que o plágio adquire perfis específicos no meio acadêmico, espaço onde se nota, entre outros tipos, o autoplágio, quando “o copista é o próprio autor original, o qual mascara a origem e omite a publicação anterior” (WACHOWICZ; COSTA, 2016, p. 43).
Ainda que fundamentado nas diretrizes nacionais da CAPES, do CNPq e de algumas Fundações de Apoio à Pesquisa (FAPs), como a FAPESP, é comum a observação de que o plágio acadêmico não é somente um problema de propriedade intelectual, mas também de ordem jurídica, constatável na legislação nacional e em diretrizes institucionais. Para alguns autores, o fenômeno trata-se de uma questão ética, antes mesmo de ser jurídica (PITHAN; VIDAL, 2013). Então, como afirmam Booth, Colomb e Williams (2005, p. 328):
Quando o furto intelectual torna-se comum, a comunidade enche-se de suspeitas, depois fica desconfiada e por fim cínica
– Quem se importa? Todo mundo faz o mesmo. Os professores, então, têm de se preocupar [...] com a possibilidade de serem enganados [...].
Interessante notar ainda como especificidade do contexto acadêmico de ocorrência do plágio a consideração de que os estudantes, mesmo aqueles envolvidos no processo de produção científica, não estão suficientemente preparados para lidar com conhecimentos tão especializados, que incluem, entre outras coisas, as normas de citação e referenciação das fontes consultadas, o compromisso com os princípios éticos e as noções de autoria, originalidade e plágio. No entanto, como observam Diniz e Terra (2014, p. 17),
Há uma falsa crença de que os interditos sobre o plágio são devidamente conhecidos por todos aqueles que ingressam no ambiente acadêmico. Esse nos parece um triste equívoco - é preciso que o plágio saia do esconderijo da vergonha e assuma a cena. Talvez só assim possamos conhecer as desmotivações dos plagiadores para a criação acadêmica.
Neste trabalho, portanto, busca-se levantar respostas a questões como: o estudante universitário no período de formação em pesquisa e aquele que já se encontra em um nível mais complexo de investigação científica conhecem o conceito de plágio e suas formas de ocorrência? A universidade foi um agente desse conhecimento? O estudante é capaz de reconhecer o alcance dos prejuízos da prática do plágio no ambiente acadêmico? O modo como o discurso acadêmico-científico se estrutura é conhecido do estudante? Essas são algumas indagações importantes rumo à reflexão da importância da função educativa das instituições para o desenvolvimento de uma literatura mais vasta acerca da produtividade científica relacionada a essa prática, sobretudo nacional, visando ampliar a compreensão sobre o fenômeno e como enfrentá-lo não só entre estudantes, mas até mesmo entre os docentes, como destacam Koocher e Keith-Spiegel (2010 apud FERREIRA et al., 2013, p. 6).
Por representar uma maior facilidade operacional e baixo custo, a pesquisa realizada, de cunho exploratório-descritivo, baseou-se em uma amostragem por conveniência, técnica que consiste em selecionar uma amostra da população que seja acessível. Assim, o primeiro momento foi o delineamento da população de interesse, qual seja os estudantes de
todos os campi da Universidade Federal de Sergipe – inseridos nos programas de Iniciação Científica (PIBIC) e de Pós-graduação.
Dado o elevado número de estudantes que se encaixam nesse escopo, um total de 3.570, e que os resultados observados são de natureza quanti-qualitativa, considerou-se como instrumento de pesquisa a aplicação de um questionário on-line, por meio da plataforma Google Formulários, com o intuito de investigar a percepção dos estudantes sobre o fenômeno do plágio.
A etapa preliminar da pesquisa consistiu na elaboração de um questionário pelas pesquisadoras, juntamente com a coordenadora do projeto, que observaram aspectos como o tempo despendido para as respostas, extensão do questionário, grau de dificuldade das respostas, clareza dos enunciados e quais aspectos acerca do plágio seriam abordados.
Cabe destacar que a pesquisa também partiu de um levantamento bibliográfico para embasamento dos temas abordados e a criação de cada uma das questões.
A divulgação da pesquisa e o convite à participação do público-alvo se efetivaram por meio de mensagens de e-mail, contendo o link de acesso ao questionário, que apresentava o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e compunha-se de 19 perguntas de múltipla escolha e uma dissertativa.
As opções de resposta foram concebidas a fim de estimular a livre manifestação de opinião dos estudantes em relação ao plágio e estabelecer o nível de conhecimento das normas de citação e referenciação, iniciando com a indicação do perfil demográfico dos respondentes. As questões selecionadas foram agrupadas em
segmentos de percepções teóricas e conceituais, da seguinte forma: Parte 1 – Conceito e definição de plágio; Parte 2 – Modalidades de ocorrência de plágio; Parte 3 – Tipos de plágio; Parte 4 – Motivação para a ocorrência de plágio; Parte 5 – Ações institucionais preventivas, e, Parte 6 – Conhecimentos das normas e regras de prevenção do plágio.
A população da pesquisa englobou 1.340 estudantes de graduação participantes do PIBIC (2019-2020) e 2.230 pós-graduandos da UFS, dos quais responderam ao questionário, entre setembro e novembro de 2019, 157 graduandos e 162 pós-graduandos.
Os resultados obtidos permitiram constatar que a maior parte dos respondentes concorda com a percepção acerca do conceito de plágio apresentado na questão, o qual, segundo Kirkpatrick (2001, p.1), “é apresentar como seu o trabalho de outra pessoa”. Entretanto, quando se trata dos tipos de plágio acadêmico, observa-se que cerca da metade dos participantes da pesquisa desconhecem o conceito de autoplágio, correspondente ao “ato de um pesquisador reutilizar, total ou parcialmente, textos de sua autoria, reapresentando-os como se fossem inéditos sem quaisquer referências aos trabalhos anteriores publicados.” (WACHOWICZ; COSTA, 2016, p. 145).
Verificou-se também a percepção do público-alvo sobre a disponibilidade de conteúdos na internet poderem ou não ser usados na produção de trabalhos acadêmicos sem que haja a necessidade de referenciação ao que foi consultado, de modo que menos de 3% dos respondentes reputaram-na falsa, expondo o mito de que quaisquer
textos disponíveis dentro do ambiente digital estão “livres” de direitos autorais e, portanto, de penalidade, considerando o domínio público como justificativa, que não elimina a responsabilidade quanto à citação do autor. Ainda dentro das modalidades abordadas, observou-se que apenas uma pequena parcela dos participantes discorda da assertiva de que as ocorrências acidentais ou não do plágio acadêmico são recorrentes e devem ser punidas.
Quanto às tipologias, as respostas do questionário evidenciaram a percepção errônea acerca do que se configura plágio acadêmico no cenário on-line, interligada ao conceito deturpado de autoria e ao desconhecimento da legislação que criminaliza quaisquer práticas consentidas, tal como a venda de trabalhos por encomenda dentro da própria universidade ou em sites e blogs que ofertam esse tipo de “serviço”. No entanto, com relação aos demais tipos e ocorrências de plágio, concluiu-se que boa parte dos participantes reconheceram superficialmente seus diferentes aspectos.
Grande porcentagem dos respondentes considera paráfrases ou citações livres como plágio indireto. No entanto, o recurso linguístico é utilizado quando o autor faz uso de suas próprias palavras, embasadas nas ideias de um autor-fonte, o qual deve ser citado e referenciado. Foi constatado ainda neste cerne que, apesar de boa parte dos respondentes reconhecer a ocorrência de plágio acadêmico em cópias literais de partes de um texto de outro autor, muitos justificam o ato devido à falta de criatividade no processo de redação ou comodismo na realização de um trabalho acadêmico, abrindo espaço para se discutir a questão do letramento e como este é deficiente ao longo da trajetória escolar do estudante, permitindo que muitos ingressem no nível superior e se
deparem com uma nova realidade linguística, discursiva e pragmática, cujas necessidades precisam ser urgentemente corrigidas.
No que diz respeito as motivações para a ocorrência de plágio, observou-se que o desconhecimento das regras de indicação e identificação das fontes consultadas de acordo com a ABNT, a dificuldade para ler e interpretar textos acadêmico-científicos e a facilidade de copiar textos da internet, por exemplo, foram as mais indicadas por mais de 60% dos graduandos.
Em relação às ações institucionais preventivas, a maioria dos respondentes afirmou que em algum momento da sua vida acadêmica aprendeu como se faz citação direta ou indireta de textos e como se faz referência das fontes de pesquisa, além de considerar aulas, palestras, minicursos, seminários etc. como as mais eficientes dentre as propostas de intervenção.
Quanto ao grau de assimilação dos estudantes pesquisados a respeito das normas técnicas para citações e referências, notou-se que grande porcentagem entende a necessidade de seguir as normas exigidas para a elaboração de trabalhos científicos. Ademais, quanto ao conhecimento do teor da Resolução n°. 09/2016/CONEPE dentre os pesquisadores de Iniciação Científica da UFS, os resultados foram bastante equilibrados, revelando a necessidade de debater o fenômeno dentro do espaço acadêmico, entre discentes e docentes, entre os quais também se constata a prática do plágio.
Com base neste levantamento de caráter exploratório, foi possível a verificação de algumas questões relacionadas à percepção dos estudantes universitários acerca do que entendem por plágio acadêmico, que permitiu o estabelecimento de noções preliminares, considerando as diretrizes encontradas na literatura, bem como nas orientações estabelecidas pela Resolução 09/2016/CONEPE da UFS e por agências de fomento à pesquisa, como a CAPES e o CNPq. Dessa forma, constatou-se que os respondentes possuem poucas e superficiais noções sobre o plágio, sobretudo do ponto de vista teórico e conceitual, revelando a necessidade urgente de propostas de intervenções dentro das instituições de ensino, básico e superior, que estejam além da detecção de infrações éticas, como o uso de softwares específicos, a educação/conscientização da comunidade acadêmica, por exemplo, e a adoção de medidas eficazes para combater e reduzir as ocorrências de plágio, sobretudo abrangendo essa discussão para todos os campos da sociedade. Ademais, percebe-se também a urgência da promoção do letramento acadêmico desde a Educação Básica, em paralelo ao debate vigente relacionado aos meios de informação e comunicação que transformaram os meios de produção acadêmica.
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