Contents core in undergraduate courses of library science in center-west Brazil: an approach in the area of information organization
Núcleos de contenido en los programas de pregrado en Bibliotecología en el centro-oeste de Brasil: enfoque en el área de organización de la información
Universidade Federal de Goiás (UFG)
Brasil
Universidade Federal de Goiás (UFG)
Brasil
Email: danielemartins@discente.ufg.br
MARTINS, Daniele da Silva; OLIVEIRA, Lais Pereira de. Núcleos conteudistas nos cursos de graduação em Biblioteconomia do Centro- Oeste brasileiro: abordagem sobre a área de organização da informação. REBECIN, São Paulo, v. 9, número especial, p. 1-16, 2022. DOI: 10.24208/rebecin.v9inúmero especial.324
Aborda a área de organização da informação sob a perspectiva formativa, considerando o caráter do ensino estabelecido nesse âmbito, junto às graduações em Biblioteconomia no Brasil. Reconhece, nesse sentido, a evidência da organização da informação enquanto eixo de ensino específico na graduação bibliotecária. Objetiva delinear o núcleo conteudista em organização da informação, oriundo dos cursos de Biblioteconomia do Centro-Oeste brasileiro. Constitui pesquisa descritiva, quali-quantitativa e documental, com plano amostral sobre três universidades públicas federais do Centro-Oeste do Brasil e plano de coleta prioritário sobre os projetos pedagógicos de tais instituições, consubstanciado por desenho analítico sobre os ementários das disciplinas. Demonstra que o núcleo conteudista em organização da informação congrega um caráter de formação amplamente tecnicista, pautado nos instrumentos que apoiam o trabalho bibliotecário de representação descritiva e temática da informação, além de se destacar entre os demais eixos de ensino no que se refere ao quantitativo de disciplinas ofertadas nesse âmbito. Conclui-se que a formação bibliotecária em organização da informação, como configurada no Centro-Oeste brasileiro, é pragmática e expressiva.
Its approaches the area of information organization from a formative perspective, considering the character of teaching established in this context, along with undergraduate courses in Library Science in Brazil. In this sense, it recognizes the evidence of the information organization as a specific teaching axis in library graduation. It aims to delineate the content core in information organization, coming from the Librarianship courses in the Brazilian Midwest. It is a descriptive, quali-quantitative and documentary research, with a sampling plan on three federal public universities in the Center-West of Brazil and a priority data collect plan on the pedagogical projects of such institutions, embodied by an analytical design on the curriculum of the disciplines. It demonstrates that the content core in information organization brings together a broadly technicist character of formation, based on instruments that support the library work of descriptive and subject representation of
information, in addition to standing out among the other teaching axes with regard to the quantity of courses offered in this context. It is concluded that librarian training in information organization, as configured in the Brazilian Midwest, is pragmatic and expressive.
Aborda el área de organización de la información bajo la perspectiva formativa, considerando el carácter de la educación establecida en este ámbito, junto con las graduaciones en Biblioteconomía en Brasil. En ese sentido, reconoce la evidencia de la organización de la información como eje de enseñanza específico en la graduación de Biblioteconomía. Tiene como objetivo delinear el núcleo de contenido en la organización de la información, proveniente de los cursos de Biblioteconomía en el Medio Oeste brasileño. Se trata de una investigación descriptiva, cualitativa-cuantitativa y documental, con plan de muestreo sobre tres universidades públicas federales del Centro-Oeste de Brasil y plan de recolección prioritaria sobre los proyectos pedagógicos de dichas instituciones, sustentado por un diseño analítico sobre los planes de estudios de las disciplinas Demuestra que el centro de contenidos en organización de la información reúne un carácter formativo ampliamente tecnicista, a partir de los instrumentos que sustentan la labor bibliotecaria de representación descriptiva y temática de la información, además de destacarse entre los demás ejes didácticos en cuanto a la cantidad de información cursos ofrecidos en este ámbito. Se concluye que la formación bibliotecaria en organización de la información, tal como está configurada en el Medio Oeste brasileño, es pragmática y expresiva.
O ensino de Biblioteconomia no Brasil é marcado pelo curso criado
pela Biblioteca Nacional, no ano de 1911, com forte influência da escola francesa École de Chartes. A este se seguiu, anos depois, a implantação de outras graduações na área, em várias cidades do país (ALMEIDA; BAPTISTA, 2013; PINTO, 2015), em meio a mudanças econômicas, políticas e sociais e, sob influência norte-americana (TANUS, 2018).
A formação bibliotecária, inicialmente calcada em disciplinas de caráter humanista e técnico, pelo desenho pioneiro estabelecido no Rio de Janeiro e em São Paulo, concorreu para a busca de uma padronização, que teve lugar com o estabelecimento de um currículo mínimo, no ano de 1962 (ALMEIDA; BAPTISTA, 2013). Inaugurou-se, assim, “a fase do ensino da Biblioteconomia com conteúdos voltados para a demanda nacional” (TANUS, 2018).
Desde seu início, portanto, a graduação em Biblioteconomia no Brasil encontra suporte nos currículos planejados e implementados nos diversos cursos pelo país, dos quais emanam distintos núcleos conteudistas. Batista (2011), aliás, destaca a importância do resgate dessa memória oriunda da formulação dos currículos.
No que diz respeito à área de organização da informação (OI), esta se constitui enquanto núcleo base da formação e da prática bibliotecária, além de ser objeto de estudo da Ciência da Informação (NASCIMENTO, 2019). O ensino nesse eixo dito como técnico, aliás, torna ainda mais forte a conexão entre as instâncias do ensino e da ação profissional (OLIVEIRA, 2018).
Busca-se, assim, com a pesquisa, delinear o núcleo conteudista em organização da informação, oriundo dos cursos de Biblioteconomia do Centro-Oeste brasileiro. Considera-se aqui, a necessária incursão sobre tal área, dentro da perspectiva formativa, calcada no ensino
estabelecido na graduação bibliotecária.
Nesse sentido, o problema de pesquisa volta-se para o resgate das incursões e reflexões a respeito dos conteúdos técnico-intelectuais abordados e do conhecimento teórico sobre organização da informação fomentado na formação dos graduandos e futuros profissionais em Biblioteconomia.
A pesquisa se justifica, em termos práticos, pela possibilidade de identificar o caminho formativo, via conteúdos abordados na área de organização da informação, em universidades no Centro-Oeste brasileiro, considerando se tratar de base específica da profissão bibliotecária. Em termos teóricos, possibilita avançar sobre os conhecimentos produzidos acerca da instância formativa em Biblioteconomia, enfaticamente estabelecida sobre tal universo técnico- intelectual.
A trajetória do ensino de Biblioteconomia no Brasil passa, primeiramente, pela abordagem humanista da Biblioteca Nacional, baseada em estudos de bibliografia, paleografia e diplomática, iconografia e numismática (CASTRO, 2000; HUBNER; SILVA; ATTI, 2021) e, posteriormente, pela abordagem técnica, no curso elementar da Mackenzie College em 1929 (HUBNER; SILVA; ATTI, 2021).
A ampliação do ensino de Biblioteconomia, a partir da criação de outros cursos no Brasil, levou ao estabelecimento do primeiro currículo mínimo, em 1962, com uma padronização das disciplinas ofertadas
nestes cursos de graduação, orientadas por conteúdos culturais, humanísticos e técnicos (ALMEIDA; BAPTISTA, 2013; CASTRO, 2000).
Vale ressaltar a concepção de que “a concentração nas técnicas fragilizava o ensino, pois a sua função era distinguir as práticas do bibliotecário das de outros profissionais; portanto, não deveriam ser absorvidas como a essência do fazer biblioteconômico” (CASTRO, 2000, p. 201). Dentre tantas reflexões, o primeiro currículo mínimo resultou em uma nova proposição em 1982, por parte do Conselho Federal de Educação e da Associação Brasileira de Escolas de Biblioteconomia e Documentação (ABEBD), contemplando matérias de fundamentação geral, instrumentais e de formação profissional. Este último concorreu para a evidência da Biblioteconomia como profissão de nível superior no país (CASTRO, 2000; RUSSO, 2010).
Posteriormente, a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) específicas em Biblioteconomia trouxe um novo olhar para o perfil da formação, referente às habilidades e competências e à preparação do profissional para difundir e produzir conhecimento em meio à sociedade na qual está envolvido (BRASIL, 2001). Concedeu-se, pois, certa liberdade para as instituições de ensino organizarem seus cursos com conteúdo de formação geral e específica, planejando projetos pedagógicos aderentes à realidade social e cultural de cada região (ALMEIDA, 2012; GUIMARÃES, 2002; RODRIGUES, 2002).
No decorrer dos anos, os núcleos conteudistas dos cursos de Biblioteconomia vêm sendo alterados para atender perspectivas formativas nos âmbitos social, cultural, educacional, e principalmente, tecnológico, introduzindo novas formas de se pensar a própria organização da informação, que “se configura como uma área de estudo que contempla elementos teóricos e práticos concernentes ao
tratamento dos itens informacionais visando a sua recuperação pela comunidade de usuários(as)” (SANTOS; VALÉRIO, 2018, p. 15).
A organização da informação, enquanto atividade, envolve o exercício da descrição física e de conteúdo. Integradas, tais dimensões resultam na representação da informação (NASCIMENTO, 2019). Em verdade, “organizar a informação pressupõe sua representação” (LUNARDELLI et al., 2019, p. 62). Há que se considerar que:
o homem sempre teve a necessidade de ter sob seu alcance os meios de informação organizados de forma eficiente para que pudessem ser facilmente localizados num breve período de tempo, servindo de meios de informação para lhes proporcionar suporte intelectual que pudessem contribuir para seu estabelecimento e seu conhecimento do mundo onde estava inserido. (PANDO, 2005, p. 92)
Destarte, a organização da informação vem de encontro a essa necessidade. Razão pela qual a OI precisa ser explorada, sobretudo em sua perspectiva formativa, capaz de agregar ao aspecto prático-laboral dessa atividade e fomentar, também, novas teorizações nesse âmbito.
Fundamentalmente, tratar informação é função das mais importantes no desempenho dos sistemas de informação, dividindo-se entre a dimensão descritiva e temática (DIAS; NAVES, 2013). De modo que, discernir e evidenciar questões relativas ao ensino nessa conjuntura, é essencial para avanços em ambas as vertentes tanto quanto no quadro geral da OI, uma vez que o conteúdo curricular nela trabalhado é fundamental para a atuação bibliotecária e o currículo, entendido como um processo de sistematização que forma o indivíduo e contribui para que desenvolva conhecimento e capacidades (LUNARDELLI et al., 2019).
A pesquisa caracteriza-se como descritiva, pois são apresentadas informações que evidenciam os núcleos conteudistas de organização da informação ministrados nas graduações de Biblioteconomia. Com abordagem quali-quantitativa, o estudo também se enquadra como documental, considerando a coleta de dados desenvolvida junto aos portais institucionais dos cursos selecionados, priorizando seus projetos político-pedagógicos (PPC).
A pesquisa contemplou, especificamente, universidades brasileiras de caráter público federal, que ofertam cursos de Biblioteconomia em modalidade presencial e em grau bacharelado. Teve como plano amostral, as instituições do Centro-Oeste do Brasil, sendo elas: a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) e a Universidade de Brasília (UnB).
O objeto de estudo, junto às graduações em Biblioteconomia das instituições supramencionadas, são as disciplinas obrigatórias ofertadas na área de organização da informação. Tal corpus foi obtido tendo por base o nome e o ementário das disciplinas dispostas no PPC, para fins de caracterização daquelas voltadas a esse universo.
Após o levantamento dos projetos pedagógicos vigentes nos cursos da UFG, da UFR e da UnB, seguido pela análise do ementário das disciplinas da área de organização da informação, destaca-se a ênfase sobre conteúdos voltados aos processos e aos instrumentos de
trabalho do bibliotecário que apoiam a representação descritiva e temática da informação, conforme o Quadro 1:
UF | DISCIPLINAS | NÚCLEO CONTEUDISTA |
Linguagens de Classificação I | ||
Linguagens de Classificação II | ||
Indexação e Resumos | ||
UFG | Representação Descritiva I | |
Representação Descritiva II | ||
Representação Descritiva III | ||
Linguagens Documentárias | ||
Representação Temática I | ||
Representação Temática II | ||
UFR | Representação Descritiva I | |
Representação Descritiva II | ||
Indexação | ||
Controle Bibliográfico | ||
Análise da Informação | ||
Classificação | ||
Catalogação | ||
Controle Bibliográfico | ||
UnB | Indexação | |
Análise da Informação | ||
Linguagens Documentárias |
Códigos de catalogação AACR2 e CCAA
Projeto MARC e MARC21;
Controle bibliográfico;
Sistemas de classificação e suas evoluções e instrumentos;
Recuperação da informação;
Classificação Decimal de Dewey (CDD)
Classificação Decimal Universal (CDU);
Indexação
Linguagens documentárias: conceitos, objetivos e funções; ontologias;
Tesauros;
Taxonomias;
Terminologia;
Semiótica;
Semântica;
Análise da informação.
Como evidenciado no Quadro 1, as universidades públicas federais do Centro-Oeste brasileiro que ofertam a graduação bibliotecária se destacam por um núcleo conteudista em organização da informação de abordagem processual e instrumental e, portanto, mais técnica, que integra conteúdos voltados para os tradicionais processos de catalogação, classificação, indexação e elaboração de resumos, assim como para as linguagens documentárias que apoiam essa condução. De modo que as disciplinas técnicas, inseridas no ensino de Biblioteconomia pelo Mackenzie College em 1929 (CASTRO, 2000), mostram-se, ainda, substanciais na formação de futuros profissionais bibliotecários, anos após a concepção de uma das primeiras graduações no campo.
É possível constatar, também, certo alinhamento designativo nas disciplinas de organização da informação. Indexação é comum às três grades curriculares, enquanto Linguagens Documentárias e Representação Descritiva, a duas.
Todavia, para além dessa permanência formativa sobre processos e instrumentos de organização da informação, constatada com a pesquisa, há que se atentar que tal eixo contempla, necessariamente, elementos teóricos e práticos (SANTOS; VALÉRIO, 2018), o que condiciona o olhar para além do espectro tecnicista, na busca de reflexões e da criticidade necessária ao próprio aperfeiçoamento das práticas envolvidas no ato organizativo de acervos. Um aporte para essa questão é a presença das disciplinas de Análise da Informação e de Controle Bibliográfico em duas das três graduações, em condições de proporcionar uma fundamentação da conjuntura envolta em OI, mais do que para sua realização.
Ademais, é preciso lembrar que, na historicidade formativa, a inclusão da parte técnica nos currículos da Biblioteconomia enfrentou certa resistência da classe bibliotecária. Considerava-se que a técnica fragilizava o ensino (CASTRO, 2000). Nesse sentido, entende-se como necessária essa postura reflexiva e crítica também no que se refere à permanência tecnicista no ensino bibliotecário amparado nos processos e instrumentos de organização da informação, como ora estabelecido, avançando até mesmo para o entendimento contextual desse universo.
Diante da coleta de dados estabelecida foi possível constatar, ainda, que o núcleo conteudista em organização da informação representa o maior percentual de disciplinas oferecidas pelas universidades investigadas (vide Gráfico 1), em comparação com as outras instâncias formativas presentes em seus currículos.
Conforme o Quadro 1 tem-se, ao todo, 25 disciplinas integrantes deste núcleo organizativo. Essas disciplinas representam um percentual
de 29% em relação ao total de oferta das três graduações investigadas, como se observa no Gráfico 1. Sendo que o núcleo conteudista em OI sobressai, juntamente com o de Fundamentos no campo bibliotecário.
Destaca-se, por fim, a ausência de conteúdos específicos acerca das novas perspectivas em organização da informação, de forma abrangente, no que se refere, por exemplo, ao código de catalogação Resource Description and Access (RDA), aos padrões de metadados e às incursões acerca da organização da informação digital. Somente a ementa da UFG contempla a temática RDA, junto à disciplina de Representação Descritiva III, enquanto que a UnB traz apenas um texto a respeito, na bibliografia da disciplina de Catalogação. Mormente, há uma permanência sobre conteúdos relativos aos processos de organização da informação, vinculados à representação em seu caráter mais tradicional.
Destaque seja dado à necessidade de todo bibliotecário estar preparado para as adversidades das práticas profissionais (RODRIGUES, 2002), assim como para os novos conteúdos e dinâmicas que se inserem no campo. O que não é diferente na área de organização da informação, tendo por base a diversidade de suportes e formatos sob os quais as informações se apresentam, incluindo-se a perspectiva de trato informacional no universo digital.
A área de organização da informação caracteriza-se, afinal, por contemplar atividades da maior importância, ao atuar como mediadora entre as informações e o atendimento das necessidades informacionais dos usuários, fornecendo métodos e estratégias para auxiliar no crescimento informacional (PANDO, 2018). Diferentes conjunturas, porém, surgem nesse universo, incitado pelo contexto digital, por
discussões éticas e, ainda, por perspectivas sociocognitivas a serem consideradas em seu desenvolvimento.
Diante disto, o ensino de Biblioteconomia precisa fomentar o domínio do núcleo conteudista de caráter técnico, tanto quanto o administrativo, o tecnológico e o fundante na área de Biblioteconomia. Ao mesmo tempo, deve se estabelecer perante as novas perspectivas discursivas na área de organização da informação, dinâmica e desafiadora por si só.
Portanto, diante do cenário formativo da UFG, da UFR e da UnB, fica demonstrada a presença disciplinas e conteúdos em organização da informação que abordam ações relativas aos processos e aspectos descritivos e temáticos da informação. Embora com questões em aberto no que diz respeito às novidades no campo.
A pesquisa buscou delinear o núcleo conteudista em organização da informação, oriundo dos cursos de Biblioteconomia do Centro-Oeste brasileiro. Destaca-se, nesse sentido, a ênfase sobre processos de catalogação, classificação, indexação e elaboração de resumos, assim como acerca dos instrumentos de trabalho do bibliotecário, na forma de códigos, normas, vocabulários e sistemas que amparam a prática organizativa de acervos em âmbito descritivo e temático, como também a expressividade de disciplinas voltadas a esse universo, em comparação com os demais eixos curriculares.
Mormente, vislumbra-se a necessidade de revisitar os currículos em prol da evidência de conteúdos condicionantes de novas práticas organizativas sobre os acervos, representadas inclusive pela
perspectiva tecnológica, no imperativo de ampliar a concepção formativa desse universo.
Conforme destacado, há que se ressaltar a importância dos estudos de organização da informação na base formativa, por destacar- se entre os conteúdos curriculares trabalhados nas grades. Nesse sentido, abre-se a prerrogativa de contributo com o preparo de futuros profissionais no entendimento do conjunto de operações organizativas, cruciais no ciclo documental.
Estudos futuros podem se dedicar à ênfase formativa em organização da informação nas outras graduações brasileiras em Biblioteconomia, bem como à explicitação de núcleos de ensino devotados aos outros eixos presentes na área.
ALMEIDA, N. B. F. Biblioteconomia no Brasil: análise dos fatos históricos da criação e do desenvolvimento do ensino. 2012. 161 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Faculdade de Ciência da Informação, Universidade de Brasília, Brasília, 2012.
Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/11170. Acesso em: 07 out. 2021.
ALMEIDA, N. B. F.; BAPTISTA, S. G. Breve histórico da Biblioteconomia brasileira: formação do profissional. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 25., 2013, Florianópolis.
BATISTA, A. R. A trajetória do ensino de Biblioteconomia na Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC (1974-2008). Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 579-598, 2011.
BRASIL. Ministério da Educação. CNE/CES 492/2001. Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Filosofia, História, Geografia,
Serviço Social, Comunicação Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 9 jul. 2001, Seção 1e, p. 32. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0492.pdf. Acesso em: 07 out. 2021.
CASTRO, C. A. História da Biblioteconomia Brasileira: perspectiva histórica. Brasília, DF: Thesaurus, 2000. 287 p.
DIAS, E. W.; NAVES, M. M. L. Análise de assunto: teoria e prática. 2. ed. rev. Brasília: Briquet de Lemos, 2013.
GUIMARÃES, J. A. C. Estudos Curriculares em Biblioteconomia no Mercosul: reflexões sobre uma trajetória. In: VALENTIM, Marta Lígia Pomim (coord.). Formação do profissional da informação. São Paulo: Polis, 2002. p. 49-87.
HUBNER, M. L. F.; SILVA, J. F. M.; ATTI, A. Origens do ensino de Biblioteconomia no Brasil. Biblos, Rio Grande, v. 35, n. 1, 2021. DOI: 10.14295/biblos.v35i1.12105. Disponível em: https://periodicos.furg.br/biblos/article/view/12105. Acesso em: 23 mar. 2022.
LUNARDELLI, R. A.; MOLINA, L. G.; TONELLO, I. S.; BARBOSA, A. M..
A análise da informação e seu ensino nos cursos de Arquivologia e Biblioteconomia da Universidade Estadual de Londrina: relato de experiência. Biblos, Rio Grande, v. 33, n. 2, p. 60-74, jul./dez. 2019.
NASCIMENTO, F. M. S. Processo de ensino-aprendizagem no campo da organização da informação. Convergências em Ciência da Informação, v. 2, n. 3, p. 123-140, set./dez. 2019. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/conci/article/view/13686/10506. Acesso em: 26 mar. 2022.
OLIVEIRA, L. P. Formação e prática em Indexação e Resumos: um estudo com discentes da graduação em Biblioteconomia. Biblionline, João Pessoa, v. 14, n. 2, p. 25-39, 2018.
PANDO, D. A. Epistemologia da organização da informação: uma análise de sua cientificidade no contexto brasileiro. 2018. 463 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Universidade Estadual Paulista
(UNESP), Marília, 2018. Disponível em: https://bit.ly/2YezLbC.Acesso em: 23 mar. 2022.
PANDO, D. A. Formação e demanda profissional em tratamento temático da informação no Brasil: uma análise comparativa de conteúdos programáticos universitários e de concursos públicos em Biblioteconomia. 2005. 187 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Marília, 2005. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/95535/pando_da_me
_mar.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 26 mar. 2022.
PINTO, E. M. História do ensino de Biblioteconomia no Brasil: da fundação da Biblioteca Nacional à criação da Universidade de Brasília. 2015. 65 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biblioteconomia) – Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
RODRIGUES, M. E. F. A pesquisa como princípio educativo na formação do profissional da informação. In: VALENTIM, Marta Ligia Pomim (org.). Formação do profissional da informação. São Paulo: Polis, 2002. p. 89-102.
RUSSO, M. Fundamentos de Biblioteconomia e Ciência da Informação. Rio de Janeiro: E-papers Serviços Editoriais, 2010. (Coleção Biblioteconomia e Gestão de Unidades da Informação. Série Didáticos; n. 1)
SANTOS, R. F. D.; VALÉRIO, E. D. O ensino das práticas de organização e tratamento da informação étnico-racial e sobre diversidade de gênero frente à formação do(a) bibliotecário(a). Revista Brasileira de Educação em Ciência da Informação, v. 5, n. Especial,
p. 14-23, 2018. Disponível
em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/114056. Acesso em: 23 mar. 2022.
TANUS, G. F. S. C. (Re)visitando os caminhos do ensino da Biblioteconomia no Brasil. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 14, n. esp. 45 anos, 2018.