A classificação do acervo da biblioteca particular de Mário de Andrade

 

The classification of Mario de Andrade’s collection of his private library

 

La clasificación de la colección de la biblioteca privada de Mário de Andrade

 

 

Fernanda do Nascimento Santos

FESP-SP

Brasil

 

Valéria Martin Valls

FESP-SP

Brasil

 

Submetido em: 23/04/2021

Aceito em: 30/11/2021

Publicado em: 31/12/2021

 

Licença:

 

 

Autor para correspondência: Fernanda do Nascimento Santos

Email: fernanda.ns210@gmail.com

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Como citar este artigo:

 

SANTOS, Fernanda do Nascimento Santos; VALLS, Valéria Martin. A classificação do acervo da biblioteca particular de Mário de Andrade. REBECIN, São Paulo, v. 8, p. 01-14, 2021. DOI:  10.24208/rebecin.v8i.266

RESUMO

 

O presente artigo é baseado em uma pesquisa que descreve a classificação criada por Mário de Andrade com o intuito de organizar o acervo de sua biblioteca particular, de forma a compreender se esta classificação pode ser utilizada em outras bibliotecas particulares. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre a vida e a obra de Mário de Andrade, sobre os aspectos relacionados à bibliofilia e sobre a história da classificação documentária. Como metodologia, foram utilizadas as técnicas de coleta e análise de dados, com visitas a unidades informacionais e culturais, relativas ao tema de pesquisa, e entrevista com a supervisora técnica da biblioteca do IEB-USP. Com isso, obteve-se como resultado a apresentação de diversas aproximações entre a classificação criada pelo escritor e a Classificação Decimal de Dewey (CDD). Além disso, compreendeu-se que a classificação de Mário de Andrade foi pensada a partir de uma organização temática e espacial, de acordo com os interesses particulares do escritor e com a localização onde os materiais de sua coleção estavam conservados nos cômodos de sua casa. Assim, concluiu-se com esta pesquisa que é possível utilizar a classificação de Mário de Andrade em outras bibliotecas particulares, porém, adaptando-se às necessidades e particularidades de cada dono de coleção particular.

 

Palavras-Chave: Mário de Andrade. Bibliotecas particulares. Bibliofilia. Classificação documentária. Classificação Decimal de Dewey.

 

ABSTRACT

 

This article is based on a research that describes the classification created by Mario de Andrade that intends to organize his private library’s collection, in order to understand if this classification may be useful to other private libraries. Therefore, a literature review was written on Mario de Andrade’s life and work, on the aspects related to bibliophilia and on the history of documentary classification. The methodology consisted in the use of collect techniques and data analysis. Hence, visits to the informational and cultural units related to the research theme and an interview with the technical supervisor of IEB-USP library have happened. Thereby, the result was the presentation of several approaches between the classification created by the writer and the Dewey Decimal Classification (DDC). Besides, Mario de Andrade’s classification was thought from a special and thematic organization according to the writer’s particular interests and to the location where his collection was preserved in the rooms of his house. Thus, it is possible to conclude that Mario de Andrade’s classification may be used in other private libraries, adapting to the necessities and particularities of each particular collection’s owner.

 

Keywords: Mario de Andrade. Private libraries. Bibliophilia. Documentary classification. Dewey Decimal Classification.

 

RESUMEN

 

El presente artículo se basa en una investigación que describe la clasificación creada por Mário de Andrade con el fin de organizar la colección de su biblioteca privada, para entender si esta clasificación puede ser utilizada en otras bibliotecas privadas. Para ello, se realizó una revisión bibliográfica sobre la vida y obra de Mário de Andrade, sobre aspectos relacionados con la bibliofilia y sobre la historia de la clasificación documental. Como metodología, se utilizaron técnicas de recolección y análisis de datos, con visitas a unidades informativas y culturales, relacionadas con el tema de la investigación, y entrevista con el supervisor técnico de la biblioteca del IEB-USP. Con ello, se obtuvo como resultado la presentación de varias aproximaciones entre la clasificación creada por el escritor y la Clasificación Decimal Dewey (CDD). Además, se entiende que la clasificación de Mário de Andrade fue pensada a partir de una organización temática y espacial, de acuerdo con los intereses particulares del escritor y con la ubicación donde se guardaban los materiales de su colección en las habitaciones de su casa. Así, se concluyó con esta investigación que es posible utilizar la clasificación de Mário de Andrade en otras bibliotecas privadas, eso , adaptándola a las necesidades y particularidades de cada propietario de colecciones privadas.

 

Palabras clave: Mário de Andrade. Bibliotecas privadas. Bibliofilia. Clasificación documental. Clasificación decimal Dewey.

 

1 INTRODUÇÃO

 

A atividade de organização esteve sempre presente na vida do ser humano no sentido de este representar, através de símbolos, os elementos da realidade em que vive. No campo da Biblioteconomia, o foco se dá na organização e na representação da informação visando a sua recuperação. Para isso, durante o procedimento de tratamento da informação, são realizados dois processos técnicos: a representação descritiva e a representação temática. Enquanto a primeira trata dos aspectos físicos do documento, a segunda trata da representação de seu conteúdo. Assim, nesta pesquisa, damos enfoque à classificação documentária, que está inserida na representação temática. Classificar está diretamente relacionado à organização, ordenação, separação e reunião de itens de acordo com suas semelhanças. Em relação aos livros, do ponto de vista da Biblioteconomia, estes são classificados a partir da análise de seus assuntos. Porém, em se tratando de bibliotecas particulares, o organizador possui seus próprios critérios para classificar seu acervo. Dessa forma, propõe-se aqui o estudo da classificação do acervo da biblioteca particular do escritor Mário de Andrade (1893-1945).

Diante do tema e objeto acima expostos, apresenta-se o seguinte problema: A classificação criada por Mário de Andrade para organizar a sua biblioteca particular poderia ser utilizada em outras bibliotecas particulares?

Assim, pretende-se, através desta pesquisa, contribuir para os estudos de classificação documentária de bibliotecas particulares e os estudos sobre a biblioteca particular de Mário de Andrade. O objetivo geral da presente pesquisa propõe-se descrever a classificação criada por Mário de Andrade para organizar o acervo de sua biblioteca particular, no âmbito da classificação documentária da Biblioteconomia, buscando compreender se esta classificação pode ser aplicada em outras bibliotecas particulares.

Em relação à metodologia[1], após a escolha do tema e a definição dos objetivos da pesquisa, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre Mário de Andrade – particularmente no que diz respeito à aquisição, organização e preservação de sua biblioteca particular e sobre a classificação documentária, para, então, descrever a classificação criada pelo escritor na organização de sua biblioteca particular.

 

2 A FORMAÇÃO DA BIBLIOTECA PARTICULAR DE MÁRIO DE ANDRADE E A SUA RELAÇÃO COM A BIBLIOTECONOMIA

 

Mário de Andrade foi uma importante figura na história da literatura brasileira, mais especificamente do Modernismo, devido à sua contribuição como poeta, romancista, crítico, historiador, teórico da literatura, musicólogo, fotógrafo e pesquisador do folclore e da cultura popular. Porém, antes mesmo de abordarmos sobre a formação da biblioteca particular de Mário, é importante destacar que seu amor aos livros e à leitura se iniciou através da família, com seu avô materno, seu primo e seu pai (ALMEIDA, 2012, p. 144-145).

A biblioteca particular de Mário de Andrade começou a ser formada em 1910 quando ainda morava em uma casa no largo do Paissandu com sua família. Em 1921, o escritor muda-se para a casa da rua Lopes Chaves, na Barra Funda, em São Paulo, onde mora até o final de sua vida, em 1945, com exceção do período de 1938 a 1941 em que vive no Rio de Janeiro. Ao longo de sua vida, a coleção de Mário de Andrade foi composta por 17.624 volumes, que incluíam livros, periódicos, opúsculos, plaquetes e partituras (LOPEZ, 2013, p. 57). Os materiais, que preenchiam quase todos os cômodos, pertenciam a diversos campos do conhecimento, como literatura de diversos países, música, artes plásticas, folclore, cinema, fotografia, história e filosofia. É assim que a sua biblioteca particular se torna a “[...] alma da casa” (LOPEZ, 2013, p. 56) e Mário, juntamente com José Mindlin e Rubens Borba de Moraes, se torna um dos principais bibliófilos brasileiros, ou seja, aquele que ama e coleciona livros.

Em relação à organização da coleção, cada bibliófilo possui o seu próprio sistema. Assim, diante da extensão de seu acervo e do cuidado e do apreço que Mário de Andrade tinha com sua coleção, o escritor criou seu próprio sistema de classificação para organizar seus volumes. Porém, antes de descrever a organização criada pelo escritor para ordenar sua biblioteca particular, é importante compreender melhor o período de 1935 a 1938, em que Mário de Andrade esteve à frente do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo, como diretor.

O Departamento de Cultura possuía como objetivos o estímulo, a promoção e o incentivo à cultura. Mário trouxe diversas contribuições para a cultura brasileira. Em relação ao setor de bibliotecas, apesar de Rubens Borba de Moraes ser o responsável pela área, o autor de Pauliceia desvairada participou de perto da compra da biblioteca de Alberto Lamego (DUARTE, 1985, p. 53) e foi o idealizador da primeira biblioteca circulante do país (JARDIM, 2015, p. 148). Sendo assim, é possível ressaltar o comprometimento de Mário de Andrade em relação à divulgação da cultura e também no que diz respeito às bibliotecas. Além disso, durante a gestão de Mário de Andrade, Rubens Borba de Moraes criou o curso de Biblioteconomia em São Paulo, que funciona, de 1936 a 1939, com o apoio do Departamento de Cultura. Com a mudança do governo, em 1940, o curso passa a funcionar na Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo – hoje denominada Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) –, onde permanece até o momento (FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO, 2000, p. 18).

É certo que Mário de Andrade tinha grande apreço pelos livros e pelas bibliotecas, antes mesmo de dirigir o Departamento de Cultura e acompanhar os projetos direcionados às bibliotecas e apoiados por Rubens Borba de Moraes. Assim, ao longo de sua vida, Mário de Andrade tomou conhecimento da área de Biblioteconomia a ponto de “Biblioteconomia” dar título a uma crônica que o escritor escreveu e publicou em sua coluna no Diário Nacional em 1930 e, posteriormente, foi publicado no livro Os filhos da Candinha, de 1943.

 

3 A CLASSIFICAÇÃO DOCUMENTÁRIA E A CLASSIFICAÇÃO DE MÁRIO DE ANDRADE

 

A classificação possui relação com a organização do conhecimento, pois tem como função classificar as áreas do conhecimento. Lentino (1971, p. 4) define a classificação como “[...] um processo mental, pelo qual as coisas são reunidas de acordo com o grau de semelhança”. A classificação possui relação com a organização do conhecimento e não há uma classificação única, uma vez que há variados critérios e características que se deve levar em consideração no momento de classificar, dependendo de cada objetivo e finalidade (SCHIESSL; SHINTAKU, 2012, p. 59). Barbosa (1969, p. 15) relata que a organização de livros pode ser feita por formato, cor, nome de autor etc. Porém, em bibliotecas universitárias, escolares, públicas, entre outras, é mais comum encontrar seus livros organizados por um sistema de classificação que geralmente parte dos assuntos dos livros, como a Classificação Decimal de Dewey (CDD) e a Classificação Decimal Universal (CDU).

Conforme descrito anteriormente, a coleção de Mário de Andrade era formada por 17.624 volumes. Sua biblioteca particular ocupava toda a casa: “[...] com exceção dos dormitórios da família, havia estantes plenas de livros e revistas; do hall de entrada ao quarto que fora do principal morador” (LOPEZ, 2013, p. 55).

Nos materiais de sua coleção particular, Mário de Andrade confeccionou uma etiqueta que é colada na página de rosto ou anterrosto da obra, contendo seu nome em caixa alta acima de dois traços cruzados. Na cruz que se forma, é possível preencher quatro campos: o primeiro, na parte superior, à esquerda, é indicado pela letra maiúscula (de "A" a "G") o cômodo onde o volume está localizado; cada letra representa um cômodo da casa do escritor. No segundo campo, na parte superior, à direita, é sinalizado o número da estante em algarismos romanos. No terceiro campo, na parte inferior, à esquerda, é designada a prateleira em letra minúscula. Por fim, no quarto campo, na parte inferior, à direita, é completado o número da obra, em algarismo arábico (LOPEZ, 2013, p. 56-57). Na Figura 1, é apresentada a folha de rosto da obra Feuilles de route, de Blaise Cendrars. Nele, a etiqueta está colada na folha de rosto, indicando o cômodo “E”, a estante II, a prateleira “b” e a obra 66.

Figura 1 - Folha de rosto da obra Feuilles de route, de Blaise Cendrars

Fonte: As autoras (2019)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Além dessas etiquetas, o escritor organizou um fichário analítico, disponível no arquivo do IEB-USP, que, segundo Figueiredo (2013, p. 246), "[...] reúne fichas de leitura, notas de trabalho, cartas, esboços de ideias, matérias extraídas de jornais e revistas, formando uma espécie de enciclopédia". O fichário analítico de Mário possui 244 páginas, contendo informações sobre 9634 fichas de leitura, que estão organizadas em números de 0 a 9, sendo cada número um assunto que faz parte do interesse particular do escritor. É possível realizar diversas aproximações entre a classificação de Mário de Andrade, desenvolvida em seu fichário analítico, e a CDD. Assim como Paul Otlet e Henri La Fontaine se basearam na CDD para criar a CDU, o escritor Mário de Andrade pode ter se inspirado no sistema de Dewey também. Conforme Tabela 1, é possível visualizar as classes principais destes três tipos de classificações.

 

Tabela 1 - Aproximações entre a CDU, a CDU e a Classificação de Mário de Andrade

 

CDD

CDU

 

Classificação de Mário de Andrade

000 - Ciência da computação, informação e trabalhos gerais

0 - Generalidades. Ciência e conhecimento

 

0 - Obras gerais

100 - Filosofia e psicologia

1 - Filosofia. Psicologia

 

1 - Música

200 - Religião

2- Religião. Teologia

 

2 - Literatura

300 - Ciências sociais

3 - Ciências sociais. Direito. Administração etc.

 

3 - Artes plásticas

400 - Linguagens

4 - Vaga

 

4 - Estética

500 - Ciência

5 - Matemática e ciências naturais

 

5 - Filosofia e religião

600 - Tecnologia

6 - Ciências aplicadas. Medicina. Tecnologia

 

6 - Ciências

700 - Artes e recreação

7 - Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Esportes

 

7 - Psicologia

800 - Literatura

8 - Linguagem. Linguística. Literatura

 

8 - Sociologia e história

900 - História e geografia

9 - Geografia. Biografia. História

 

9 - Brasil

Fonte: Desenvolvido pelas autoras (2019)

 

Diferentemente da CDD, que utiliza três algarismos para compor as classes principais, a CDU e a classificação de Mário de Andrade utilizam apenas um. Além disso, enquanto os assuntos da CDD e a CDU são mais semelhantes em cada classe, na classificação de Mário de Andrade, o escritor atribuiu às suas classes os temas que são de seu interesse particular e que não necessariamente fazem parte de todo o mundo do conhecimento. Da mesma forma que a CDU e a CDU, a classificação de Mário de Andrade também é composta de divisões e subdivisões, porém, esta última não utiliza o ponto decimal, como a CDD, nem símbolos, como a CDU. A classificação do escritor é formada por, no máximo, quatro algarismos, dependendo da especificidade do assunto.

Portanto, foi possível perceber que o escritor criou uma nova classificação, com o objetivo de organizar a sua coleção particular em sua casa, criando um sistema com uma estrutura semelhante à CDD, com classes, divisões e subdivisões. Além de desenvolver esta classificação com os temas de seu interesse, ainda confeccionou etiquetas para os materiais incluindo a localização de cada um deles no espaço físico de sua casa. Assim, pode-se afirmar que Mário de Andrade pensou a sua classificação em duas formas de organização: espacial e temática. A organização espacial foi planejada com base em como os livros, revistas e outros materiais estavam dispostos nas estantes e cômodos de sua casa. E a organização temática relaciona-se a partir do seu modelo mental, ou seja, a forma como o escritor visualizava a organização do conhecimento, de acordo com os seus interesses particulares.

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Mário de Andrade é considerado um dos grandes nomes da literatura brasileira e, ao longo desta pesquisa, foi possível perceber que o escritor dedicou boa parte de sua vida aos livros. Aos poucos, Mário de Andrade formou sua biblioteca particular e se deparou com a necessidade de organizar sua biblioteca para que conseguisse localizar as informações, quando precisasse. Desta forma, como conhecia a área de Biblioteconomia, é provável que o escritor tenha tido acesso às classificações documentárias e tenha se inspirado em Dewey para criar o seu sistema de organização do acervo da sua biblioteca particular.

Assim, Mário de Andrade pensou em duas formas de ordenar a sua coleção: criando um fichário analítico, formado por fichas de leitura com diversas referências (FIGUEIREDO, 2013, p. 246), e uma localização personalizada em etiquetas coladas nos materiais. Em relação ao fichário analítico, este pode ser considerado como uma espécie de buscador de assunto, já que é atribuído a cada tema um número específico, que pode conter também divisões e subdivisões, como ocorre no sistema criado por Dewey. Já a localização dos materiais, a que se refere cada classificação do fichário analítico, é definida a partir do cômodo, estante e prateleira em que os livros, revistas, jornais etc. estão localizados. Deste modo, Mário de Andrade confeccionava etiquetas que eram coladas, geralmente, na folha de rosto dos materiais.

A classificação criada pelo escritor possui relação com uma organização temática e espacial. Portanto, formulou temas principais que eram de seu maior interesse e, então, criou uma localização simplificada para localizar a sua coleção a partir de cada cômodo em que ela estava abrigada em sua casa. Na área da Biblioteconomia, a forma de classificação adotada pelo escritor é definida por Lentino (1971, p. 6-9) como localização mista, em que os livros são divididos por classes e há uma numeração para as estantes, prateleiras e livros.

Desta maneira, diante do problema de pesquisa apresentado, pode-se afirmar que é possível utilizar a classificação criada por Mário de Andrade para ordenar outras bibliotecas particulares. No entanto, é preciso ressaltar que a classificação do escritor foi criada com base na organização temática de seus interesses pessoais e na organização espacial dos cômodos de sua casa. Logo, é possível utilizar sua classificação adaptando às necessidades e interesses de cada dono de biblioteca particular.

 

REFERÊNCIAS

 

ALMEIDA, Aline Novais de. A biblioteca fantástica de Mário de Andrade. Revista Criação & Crítica, n. 9, p. 141-151, nov. 2012. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v5i9p140-151. Acesso em: 14 mar. 2021.

 

BARBOSA, Alice Príncipe. Teoria e prática dos sistemas de classificação bibliográfica. Rio de Janeiro: IBBD, 1969.

 

DUARTE, Paulo. Mário de Andrade por ele mesmo. 2. ed. São Paulo: Hucitec/ Prefeitura do Município de São Paulo/ Secretaria Municipal de Cultura, 1985.

 

FIGUEIREDO, Tatiana Longo. As primeiras fichas do modernista Mário de Andrade. Remate de Males, v. 33, n. 1-2, p. 245-254, jan./dez. 2013. Disponível em: https://doi.org/10.20396/remate.v33i1-2.8636455. Acesso em: 14 mar. 2021.

 

FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO. Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação: retrato de uma escola, 1940-2000. São Paulo: FESPSP, 2000.

 

JARDIM, Eduardo. Eu sou trezentos: Mário de Andrade: vida e obra. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2015, p. 139-149.

 

LENTINO, Noêmia. Guia teórico, prático e comparado dos principais sistemas de classificação bibliográfica. São Paulo: Polígono, 1971.

 

LOPEZ, Telê Ancona. Mário de Andrade leitor e escritor: uma abordagem de sua biblioteca e de sua marginália. Escritos, n. 5, p. 53-76, 2013. Disponível em: http://www.casaruibarbosa.gov.br/dados/DOC/revistas/Escritos_5/FCRB_Escritos_5_4_Tele_Ancona_Lopez.pdf. Acesso em: 14 mar. 2021.

 

SANTOS, Fernanda do Nascimento. A classificação do acervo da biblioteca particular de Mário de Andrade. 2019. 78 f. TCC (Graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação) - Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, 2019 Disponível em: http://biblioteca.fespsp.org.br:8080/pergamumweb/vinculos/00000f/00000f5f.pdf. Acesso em: 10 mar. 2021.

 

SCHIESSL, Marcelo; SHINTAKU, Milton. Sistemas de organização do conhecimento. In: ALVARES, Lilian (org.). Organização da informação e do conhecimento: conceitos, subsídios interdisciplinares e aplicações. São Paulo: B4 Editores, 2012. p. 49-118.



[1] Na pesquisa original, também foi realizada a técnica da coleta de dados, em que foram realizadas três visitas diferentes: a primeira, na biblioteca e no arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP); a segunda, na Biblioteca Mário de Andrade; e a terceira, na Casa Mário de Andrade. Disponível em: http://biblioteca.fespsp.org.br:8080/pergamumweb/vinculos/00000f/00000f5f.pdf. Acesso em: 10 mar. 2021.